segunda-feira, 1 de julho de 2013

SHOW EM CAMPO E GUERRA FORA DELE: MANIFESTAÇÕES NA FINAL DA COPA DAS CONFEDERAÇÕES

 Antes do início da final entre Brasil e Espanha no Maracanã, uma dupla de figurantes vestidos de bola conseguiu, mesmo que por pouco tempo, protestar dentro de campo durante a cerimônia de encerramento da Copa das Confederações com uma faixa dizendo: "IMEDIATA ANULAÇÃO DA PRIVATIZAÇÃO DO MARACANÃ". Integrantes abriram a faixa, mas foram rapidamente contidos pela organização do evento. A FIFA não permite nenhum tipo de manifestação ou protesto em seus eventos. 
Fonte: YouTube


VEJAM O VÍDEO

O domingo (30) foi mais um dia de protestos em várias cidades do país, inclusive nas que sediaram os últimos jogos da Copa das Confederações. A maioria das passeatas foi pacífica, mas noRio de Janeiro um grupo de baderneiros entrou em confronto com a polícia bem perto do Maracanã.
Em São Paulo, cerca de mil pessoas vestidas de preto caminharam juntas até o Ibirapuera - com um pedido: “A violência tem que acabar”.
Em Salvador, cerca de 400 integrantes do Movimento Passe Livre tentaram chegar à Arena Fonte Nova, onde Itália e Uruguai disputaram o terceiro lugar da Copa das Confederações. Mas respeitaram o bloqueio da polícia militar e não houve confronto.
O palco da final da Copa das Confederações também atraiu manifestantes contra as desapropriações de moradias para obras da Copa e das Olimpíadas e contra a ação policial há seis dias na favela da Maré. Dez pessoas morreram no confronto entre PMs e traficantes. Além disso, também protestaram contra a concessão do Maracanã à iniciativa privada.
Por volta das 10h, um primeiro grupo, de cerca de cinco mil pessoas, saiu em passeata em clima de paz.
“Eu espero que o Brasil ganhe o jogo hoje, mas na final da copa das mobilizações a gente já está ganhando de goleada”, diz um dos organizadores da passeata, Tadeus Lemos.
O primeiro protesto terminou sem confrontos.
As manifestações apareceram até dentro do Maracanã. Bailarinos que participavam da festa de encerramento da Copa exibiram uma bandeira do movimento gay e um cartaz contra o que chamam de privatização do estádio. Eles foram retirados do gramado.
Do lado de fora, cerca de 1.200 pessoas voltaram a sair em passeata. Por pelo menos uma hora, a caminhada foi pacífica.  Parte dos manifestantes parou em frente ao bloqueio da polícia e permaneceu no local, sem confronto.
Meia hora depois, começou um tumulto entre os manifestantes. A polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo. Alguns baderneiros atiraram bombas de fabricação caseira em direção aos PMs. Uma delas atingiu um policial do batalhão de choque.
A polícia recuou, mas voltou em seguida atirando bombas de gás até conseguir dispersar o grupo. Quando começou o jogo no Maracanã, o cordão de policiais militares continuava isolando e protegendo uma área a 500 metros do estádio, mas os manifestantes já tinham se dispersado.
O enfrentamento continuou nas ruas próximas ao Maracanã. A polícia usou mais bombas e balas de borracha. Por volta das 20h, um grupo voltou ao ponto do bloqueio.
Depois da confusão, aos poucos os baderneiros foram se afastando dos policiais. Os arredores do Maracanã estavam bem tranquilos, mas com bastante policiamento.
O torcedor não teve problemas em sair do Maracanã. Ainda não há informações sobre manifestantes machucados, mas dois policiais acabaram feridos. A polícia militar apreendeu 17 bombas de fabricação artesanal e um homem foi preso tentando roubar equipamento de filmagem de um jornalista. 
Fonte: G1 


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