O 18º Batalhão da Polícia Militar, onde trabalhava a cabo Andreia Bovo Pesseghini, 35 anos, - morta ao lado do marido, o filho, a mãe e uma tia entre domingo e segunda-feira em uma chacina que mobilizou a polícia paulista - tem um histórico de suspeitas de corrupção e grupos de extermínio.
Na última quarta-feira, o comandante do batalhão, coronel Wagner Dimas, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes que a cabo havia denunciado alguns colegas que estariam envolvidos com roubos a caixas eletrônicos, em São Paulo. Indicando que a autoria do crime poderia estar relacionada a algum tipo de vingança.
Mais tarde, porém, o oficial voltou atrás na declaração e disse não haver qualquer denúncia sobre PMs envolvidos com os crimes e que a policial não fez qualquer menção a respeito. Wagner Dimas se justificou, dizendo "ter se perdido" durante a entrevista à emissora de rádio. Porém, esses não são os únicos casos suspeitos envolvendo o 18º Batalhão.
Um relatório da Polícia Civil divulgado em março de 2011 responsabilizou dois grupos de extermínio formados por policiais militares por pelo menos 150 mortes na cidade de São Paulo entre 2006 e 2010. Entre as vítimas, 61% não tinha antecedentes criminais, sendo que 20% dos crimes teria sido motivado por vingança, 13% por abuso de autoridade, 13% pelo que o relatório chama de "limpeza" (como o assassinato de viciados em drogas), 15% por cobranças ligadas ao tráfico ou ao jogo ilegal e 39% "sem razão aparente".
A investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) acusa 50 PMs de formar e unir os grupos da zona leste e da zona norte (o "Matadores do 18") para assumir o controle do tráfico de drogas e explorar jogos de azar. Os Matadores do 18 é apontado como uma milícia formada por policiais do batalhão no qual trabalhava Andreia.
Fonte: Portal Terra
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