quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Médico natural de Moreilândia que atuava no exterior fala do desafio em voltar ao Brasil através do programa ‘Mais Médico’

O desafio pessoal e o fator econômico, mas aliado ao prazer de prestar um serviço à população carente de atendimento médico, são alguns dos pontos que motivaram os 19 médicos estrangeiros e brasileiros, que trabalhavam e se formaram no exterior, a aderirem ao programa "Mais Médico" do governo federal e que desembarcaram na manhã do último domingo (15), na base aérea de Natal, no Rio Grande do Norte.



Um desses médicos é Alecildes Arruda, Pernambucano de Moreilândia. O médico disse que a primeira coisa a vir na sua mente, após vir ao Brasil depois de ter se formado em Medicina na Espanha e ter feito especialização de quatro anos em Medicina da Família, foi sua mãe, que falava pra ele:  "Você não fica mais perto da gente, você é brasileiro, tem coração brasileiro, porque não vem mais pra perto?"
 
Alecildes Arruda disse que o programa do governo federal "foi a oportunidade de ouro" para vir trabalhar em Natal com a mulher, uma cearense que também é médica.
Arruda afirmou que o trabalho de saúde na família no Brasil, realmente, "não é igual a Espanha, onde tudo é muito bem saneado", mas ele considera que isso seja um desafio: "O que aprendi lá, quero dar aqui, sou brasileiro, cada dia a gente aprende e vou aprender com o povo brasileiro".
Ao ser questionado pelas críticas feitas à classe médica brasileiro contra o programa "Mais Médico", Arruda disse que isso "não era produtivo", mas reconhecia que a classe médica, como qualquer outra, pode exercer o seu corporativismo e defender os seus direitos. O que não pode, segundo ele, "é esquecer do próximo que está sofrendo por suas convicções, tem de parar um pouco, mudar o sistema, porque o Brasil necessita de médicos".
Arruda até lembrou que, quando vinha de férias para o Brasil, "sempre trazia a minha mala com medicamentos para atender pessoas no interior, porque acho bonito o médico que se dedica". Por fim, Arruda admitiu que na decisão de voltar para o Brasil, também pesou a questão salarial: "Tem o econômico também, ninguém pode negar, porque se paga água, energia e se come"

Via Portal Serrita/ Bodoco na Net 

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