domingo, 10 de novembro de 2013

Leite adulterado descoberto no Rio Grande do Sul pode causar danos à saúde

Álvaro BitencourtA água oxigenada e soda cáustica, produtos utilizados no leite adulterado em esquema descoberto no Rio Grande do Sul, além de causar danos à saúde, eliminam os principais nutrientes do produto. Segundo o Ministério Público, que investigou a fraude, não há como saber se o leite adulterado chegou a ser comercializado. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirma que não tem competência para garantir a qualidade do leite consumido no país

O esquema de fraude no leite descoberto no município de Três de Maio tinha como finalidade disfarçar o produto já com a validade vencida. Para isso, duas substâncias químicas foram usadas: a soda cáustica, que tem a capacidade de tirar a acidez, camuflando o leite estragado, e a água oxigenada que pode servir para dar mais vida útil ao leite, ou seja, conservar o produto. 

O técnico da Emater, José Roberto de Oliveira, explica os males que as substâncias podem causar, como, por exemplo, eliminar as vitaminas A e E, principais nutrientes do leite.
– A pessoa que toma esse leite, no final vai ter algum problema, sim. A água oxigenada, que vem a ser o peróxido de hidrogênio, é usada para conservar o leite. A soda já é muito agressiva, vai agredir muito organismo – diz.
Hoje, as indústrias que recebem o leite  devem fazer a análise, antes de comercializá-lo. O Coordenador Geral de Inspeção do Mapa, Luiz Marcelo Araújo, diz que a responsabilidade de atestar a qualidade do leite é das indústrias.
– Isso só pode ser mudado no Congresso, não cabe a nós. Posso até não concordar, mas a lei estabelece isso. Se amanhã a legislação for alterada e, disser que a responsabilidade é nossa, aí nós vamos redesenhar o sistema de trabalho – disse Araújo.
Fonte : Canal Rural  / Vejam aqui o Vídeo da Operação

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