sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Quase todos os ativistas do Greenpeace deixam a prisão

Quase todos os membros da tripulação do navio do Greenpeace apreendido no Ártico russo, incluindo seu capitão, deixaram a prisão nesta sexta-feira, mediante pagamento de fiança, após mais de dois meses de prisão na Rússia.
O Tribunal Internacional do Direito Marítimo, por sua vez, ordenou a libertação da tripulação e liberação para a navegação do navio Arctic Sunrise, em troca de uma garantia financeira no valor de 3,6 milhões de euros.
A diplomacia russa reagiu dizendo não reconhecer a jurisdição deste tribunal.
“Neste momento, 29 se beneficiaram de uma decisão de libertação sob fiança, 23 já foram libertados. Nossos colegas russos voltaram com suas famílias a Moscou, mas o resto dos nossos colegas não podem deixar o país”, declarou o diretor executivo do Greenpeace, Kumi Naidoo, em Hamburgo.
O capitão americano Peter Willcox – que comandou em 1985 o navio Rainbow Warrior dinamitado pelo serviço secreto francês na Nova Zelândia -, o suíço Marco Weber, os holandeses Faiza Oulahsen e Mannes Ubels, o canadense Paul Ruzycki, os britânicos Kieron Bryan e Anthony Perrett e o argentino Hernan Miguel Perz Orzi deixaram seu centro de detenção em São Petersburgo (noroeste) nesta manhã após o pagamento da fiança fixada em 2 milhões de rublos (45.000 euros) para cada.
Horas depois, os britânicos Alexandra Harris, Frank Hewetson e Iain Rogers, o neozelandês Jonathan Beauchamp, a turca Gizem Akhan, o ucraniano Rouslan Iakouchev e o canadense Alexandre Paul também foram libertados.
E no início da noite, o sueco-americano de origem russa Dmitri Litvinov e o russo Roman Dolgov também deixaram a prisão.
“Realizamos ações pacíficas e não-violentas. Esta é a primeira vez em 40 anos, que eu passo mais de uma noite na prisão. E assim como todos os meus colegas, isso não agradou”, declarou o capitão de 60 anos.
Onze outros membros da tripulação foram libertados na quarta e quinta-feira.
A bióloga brasileira Ana Paula Maciel foi libertada sob fiança na quarta-feira.
Até o momento, apenas um militante, o australiano Colin Russell, teve sua prisão preventiva prorrogada por mais três meses, até 24 de fevereiro. Segundo o embaixador australiano na Rússia, ele deverá recorrer da decisão.
Fonte: AFP

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