segunda-feira, 5 de maio de 2014

Morte de 43 pessoas em combates na Ucrânia eleva risco de guerra civil

Um total, até agora, de 43 pessoas morreu neste sábado durante os combates entre as forças de libertação da Ucrânia, que querem a anexação do território à Rússia, e aqueles que apoiam o governo de facto, imposto após um golpe de Estado com a participação das hostes neonazistas que ganham cada vez mais espaço no país. A luta chegou ao sul da Ucrânia, com os manifestantes pró-Rússia presos em um edifício em chamas, cercado por militares ucranianos. A guerra civil parece mais próxima agora.

No leste, rebeldes pró-Rússia libertaram sete observadores militares europeus neste sábado, após mantê-los como reféns por oito dias, enquanto Kiev continuou com campanha militar para retomar território detido por rebeldes na área. O tumulto no porto de Odessa no Mar Negro, que acabou em incêndio em edifício sindical, foi de longe o pior incidente na Ucrânia desde levante em fevereiro que terminou com o presidente pró-Russo fugindo do país.

Os últimos confrontos também se espalham do centro da zona separatista no leste para uma área mais distante da fronteira russa, o que aumenta a possibilidade de mais turbulências no país de 45 milhões de habitantes, do tamanho da França. O massacre em Odessa veio no mesmo dia do maior esforço até agora do governo de Kiev para reassegurar o controle sobre áreas separatistas no leste, a centenas de quilômetros de distância, onde rebeldes pró-Rússia fortemente armados proclamaram a “República Popular de Donetsk”.

No início desta noite, no horário local, o chanceler russo, Serguei Lavrov, conclamou os Estados Unidos, em uma conversa telefônica com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, a forçar as autoridades ucranianas para que suspendam fogo Sudeste do país.

“Lavrov sublinhou que a operação punitiva no Sudeste da Ucrânia mergulha o país em conflito fratricida”, afirma o Ministério das Relações Exteriores russo, em nota divulgada há pouco. Lavrov também discutiu a situação na Ucrânia com o presidente atual da OSCE, Didier Burkhalter, mostrou a urgência em se utilizar o potencial da OSCE para convencer Kiev a cancelar uma operação militar contra a população de língua russa.

“As partes condenaram a expansão da violência na Ucrânia, especialmente as ações de radicais em Odessa”, disse o departamento. Lavrov e Burkhalter também confirmaram a necessidade da plena implementação da Declaração de Genebra de 17 de abril, começando da cessação imediata da violência.

Fonte: Correio do Brasil

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