Um total, até agora, de 43 pessoas morreu neste sábado durante os combates entre as forças de libertação da Ucrânia, que querem a anexação do território à Rússia, e aqueles que apoiam o governo de facto,
imposto após um golpe de Estado com a participação das hostes
neonazistas que ganham cada vez mais espaço no país. A luta chegou ao
sul da Ucrânia, com os manifestantes pró-Rússia presos em um
edifício em chamas, cercado por militares ucranianos. A guerra civil
parece mais próxima agora.
No leste, rebeldes pró-Rússia libertaram
sete observadores militares europeus neste sábado, após mantê-los como
reféns por oito dias, enquanto Kiev continuou com campanha militar para
retomar território detido por rebeldes na área. O tumulto no porto de
Odessa no Mar Negro, que acabou em incêndio em edifício sindical, foi de
longe o pior incidente na Ucrânia desde levante em fevereiro que terminou com o presidente pró-Russo fugindo do país.
Os últimos confrontos também se espalham
do centro da zona separatista no leste para uma área mais distante da
fronteira russa, o que aumenta a possibilidade de mais turbulências no
país de 45 milhões de habitantes, do tamanho da França. O massacre em
Odessa veio no mesmo dia do maior esforço até agora do governo de Kiev
para reassegurar o controle sobre áreas separatistas no leste, a
centenas de quilômetros de distância, onde rebeldes pró-Rússia
fortemente armados proclamaram a “República Popular de Donetsk”.
No início desta noite, no horário local,
o chanceler russo, Serguei Lavrov, conclamou os Estados Unidos, em uma
conversa telefônica com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, a
forçar as autoridades ucranianas para que suspendam fogo Sudeste do
país.
“Lavrov sublinhou que a operação
punitiva no Sudeste da Ucrânia mergulha o país em conflito fratricida”,
afirma o Ministério das Relações Exteriores russo, em nota divulgada há
pouco. Lavrov também discutiu a situação na Ucrânia com o presidente
atual da OSCE, Didier Burkhalter, mostrou a urgência em se utilizar o
potencial da OSCE para convencer Kiev a cancelar uma operação militar
contra a população de língua russa.
“As partes condenaram a expansão da
violência na Ucrânia, especialmente as ações de radicais em Odessa”,
disse o departamento. Lavrov e Burkhalter também confirmaram a
necessidade da plena implementação da Declaração de Genebra de 17 de
abril, começando da cessação imediata da violência.
Fonte: Correio do Brasil
Nenhum comentário :
Postar um comentário