terça-feira, 19 de novembro de 2013

Falta uma assinatura para abrir a "CPI do PAC" em Serrita

pac A sessão da Câmara de Vereadores de Serrita realizada nesta manhã, 19, foi instalada na hora marcada mas "foi encerrada antes de terminar". Os vereadores só tinham atenção para o "Escândalo do PAC", gerado pela operação da Polícia Federal na Fazenda Minador em Serrita, de propriedade de Rodrigo Cecílio, secretário de planejamento e filho do prefeito Carlos Cecílio.
      De um lado, três defensores do prefeito (Ronildo, Erick e Chico de Nil) e do outro três defensores do povo (Galdino, Heron e Danielle). Na arquibancada, mudos e surdos, estavam os vereadores da situação que sabem muito bem que qualquer palavra mal colocada pode comprometê-los, ou com o povo ou com o prefeito. Escolheram o pior lugar para ficar, pois não condenaram o escândalo das máquinas do PAC nem defenderam a prefeitura.
  Os vereadores Galdino Cruz e Heron canejo pediram a demissão dos secretários de planejamento e agricultura de Serrita, além de apresentarem um pedido de instalação de uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito, atribuição exclusiva do Poder Legislativo.
       Para uma CPI ser abertura é necessária a assinatura de 1/3 dos parlamentares, podendo ser composta por cinco vereadores e com prazo variável, podendo ser de 30 trinta dias para conclusão. É necessário um fato específico e dele não pode se desviar, "abrir o leque".
         "Se o "Escândalo do PAC" não é um motivo para abrir uma CPI, não existe outro motivo pelo qual o artigo 37 conste na Lei Orgânica do Município. Se não instalarem a CPI é, no mínimo, prevaricação, ou seja, uma equiparação legal ao crime de omissão para quem exerce autoridade constituida e que tem o dever legal de atuar", declarou o presidente da ONG CIBEM.
        A sessão foi encerrada, às pressas, pelo vereador Ronildo Oliveira quando percebeu que as palavras da vereadora Danielle Saraiva cairam como uma bomba no plenário, sendo fortemente aplaudida pelos presentes.
          O aparte do Vereador Heron Canejo diante do pronunciamento do vereador Chico de Nil, acendeu o barril de pólvora, pois perguntou, com veemência, se o parlamentar da base aliada do prefeito ia ou não assinar a CPI. 
         Diante do sonoro não, o vereador Heron o chamou de subserviente e foi aí que foi declarada "encerrada a sessão antes de terminar" e o Presidente da Câmara mostrou mais uma vez, esquecendo-se que presidia uma sessão oficial da Casa de Leis, dizendo que o povo quer "trabalho, progresso e paz". Parece que vem ensaiando direitinho o slogan do prefeito.  
       Para abrir a CPI falta apenas uma assinatura daqueles vereadores que ficaram na arquibancada. Será que um deles vai assinar a CPI e mostrar que a Câmara não é "pau mandado da prefeitura" como declaram alguns internautas e radialistas?



Via Radar Net

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