terça-feira, 5 de março de 2013

Professores de Escola de Referência em Cedro-PE denunciam problemas na unidade de ensino


VEJAM UM DOS PROTESTOS REALIZADOS PELOS ALUNOS DA ESCOLA PROF. MANOEL J. LEITE, CLIQUE AQUI  E VEJA DE PERTO A SITUAÇÃO DO COLÉGIO EM FOTOS E VÍDEO.


Segundo os docentes, há cerca de quatro anos, a escola funciona em anexos e, atualmente, parte da unidade de ensino tem como abrigo outra escola estadual.

Referência? Referência em que?”. É com esses questionamentos que um professor, que preferiu não se identificar, resume a Escola Estadual de Referência Professor Manoel Joaquim Leite, localizada no município de Cedro, no Serão de Pernambuco. Relatando diversos problemas, o docente enviou uma carta ao Secretário Estadual de Educação, Ricardo Dantas, relatando as dificuldades encontradas na instituição de ensino.

“Como é difícil iniciar um novo ano sem nenhuma perspectiva de vida. Imagine o que é iniciar um ano letivo em que não há esperanças e nem rumo para solucionar os problemas da infraestrutura de uma escola? Se é que podemos chamar de escola o caos em que se encontra a ESCOLA DE REFERENCIA EM ENSINO MÉDIO PROFESSOR MANOEL JOAQUIM LEITE EM CEDRO-PE, se é que também podemos chamar de Escola de Referencia. Referência em que? Se nem um prédio digno para estudarmos, temos? Recordo-me muito bem que há quatro anos estamos nessa situação, funcionando em anexos, em quatro ruas, e parte na outra escola estadual; a Escola Valdicleiwtson, onde o professor tem que percorrer 2 km entre o intervalo de uma aula e outra. Isso não é nada agradável!
Como pode um pai de família matricular seu filho numa escola dessas, onde está exposto ao perigo, se na sua casa ele se sente mais protegido? Isso foge totalmente da garantia do direito ao cidadão: o direito a educação de qualidade! Como pode um professor se sentir estimulado para planejar uma aula brilhante para aplicar em sala, ou seja, em salão, se o barulho dos carros é superior a sua oratória? Isso não é estimulação! Como podem estudantes e professores se sentirem motivados ao ensino e a aprendizagem se seu espaço é restrito e o calor é de 40 graus? Isso não é motivação e muito menos calor humano! Como pode o professor usar a mídia e a tecnologia, se é preciso carregar tais aparelhos de anexo a anexo em média de 15 a 20 Kg, entre material escolar? Isso não é inovação nem muito menos tecnologia! De que forma, podemos gritar, se nosso grito é sufocado diante dos órgãos superiores?
É difícil imaginar o que se passa na mente dos chefes em educação, o motivo pelo qual ainda não tomaram providencias para solucionar tais problemas da escola a qual me refiro? Vale lembrar que até agora o que se fez e se faz é encaminhar um topografo ou um engenheiro para medir e fotografar a escola em ruínas e isso acontece duas ou mais vezes por ano. Então me pergunto: o que acontece? Não estão passando tais informações ao setor de engenharia da Secretaria de Educação? Ou será que é necessário mesmo, porque no Sertão o sol é muito quente e o ambiente escolar corre o risco de encolher um pouco! Acredito que não... isso é falta de bom senso, solidariedade humana! Vejo que a cada troca de secretário tudo volta a estaca zero! O dilema continua, as angustias aumentam. E mais uma vez, voltam à escola para medir e fotografar! E nada se faz. 
Até quando Sr. Secretário? Tudo isso vai ter uma solução? É preciso chamar a mídia, fazer atos públicos, paralisar as aulas? Isso para o Governo do Estado não é nada, basta um estalar de dedos e um piscar de olhos e a solução aparece! Quatro anos não são quatro dias isso sim seria bom senso! Imagina então a situação de pais que confiaram ao Estado à responsabilidade de educar seus filhos e eles entraram e estão saindo sem o prazer de estudar em uma escola digna que garanta um mínimo necessário para uma educação básica.

Terminando esse texto, acabo de presenciar um acidente com uma colega que acabou de cair na calçada de um anexo, pois a situação destes é totalmente precária e fora dos padrões.”.

Um relatório elaborado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) confirma as denúncias. Segundo o documento, a Escola Estadual de Referência Professor Manoel Joaquim Leite encontra-se interditada por um período de aproximadamente seis anos.

Ainda de acordo com o levantamento, devido à interdição, a unidade de ensino está funcionando apenas com algumas turmas, sendo 70% em anexos. Além disso, os professores passam por inúmeras situações de dificuldades, tais como: ameaças de pessoas externas a alunos devidamente matriculados, salas de aulas expostas a várias situações de vulnerabilidade e risco, localizadas a vários metros do prédio escolar. 

Por resolução da secretaria e da GRE, algumas modalidades da escola funcionam como anexo em outra escola da rede estadual a mais de um quilômetro de distância, dificultando o trabalho pedagógico e o acesso dos professores e alunos. 
Fonte: SINTEPE.

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