O investimento público de R$ 15,4 milhões – pagos pelo Governo
do Estado, na aquisição da Usina Manoel da Costa Filho, localizada no
município de Barbalha, a 553 km de Fortaleza –, poderá ter sido em vão,
se a área do entorno da unidade, vendida um pouco antes do seu leilão,
não for readquirida pelo governo estadual. No terreno, fica a antiga
reserva de água do parque industrial, indispensável para o seu
funcionamento. Além do valor arrematado no leilão, que colocou a unidade
à venda, até a volta de suas atividades, deverão ser investidos mais R$
35 milhões em reforma e modernização.
Conforme revela a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) – órgão dos canavieiros que apresentou o projeto de viabilidade da usina ao Estado, antes da sua compra -, se a questão não for resolvida, o projeto de reabertura da usina de açúcar e álcool fica inviável. Para o presidente da entidade, Alexandre Andrade Lima, é de grande importância que esta área - que tem aproximadamente 160 hectares -, volte para o controle da unidade industrial. Além de ser o local onde está o reservatório de água, o terreno, por ser muito próximo da usina, também era usado para irrigação da vinhaça, que é um subproduto da produção de etanol. “Sem ela, a usina não tem como funcionar”, pontua.
O QUE DIZ O GOVERNO
O parque industrial em questão era de propriedade da Usina Manoel Costa Filho e, atualmente, está incorporado ao patrimônio da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará S/A (Adece). Segundo o diretor de Agronegócio da Adece, Reginaldo Braga, como a unidade possuía muitas dívidas – motivo que levou a usina a leilão-, os terrenos no entorno foram vendidos. “É importante salientar que os terrenos no entorno da Usina, onde existem poços que abasteciam a usina, eram de propriedade da [antiga] empresa, e que, durante seu processo de pagamento de dívidas, contraídas junto a instituições financeiras, foram colocados à venda”, explicou.
Reginaldo destaca, ainda, que o Governo, quando da aquisição, sabia do patrimônio que integrava a unidade. “O governo adquiriu uma planta industrial que estava em processo de leilão, pela Justiça do Trabalho. Por tanto tínhamos, sim, conhecimento do que estávamos adquirindo”, ressaltou. Na sua avaliação, a reserva hídrica do terreno vendido “não é determinante para seu funcionamento”, e – quanto à possibilidade de reaver o terreno -, “essa não é uma medida prioritária para essa etapa do planejamento”, acentuou o diretor. Por fim, ele finalizou dizendo que, com relação ao retorno das atividades da usina, “não existe ainda uma previsão”.
INVESTIDORES
O governo ainda nem tomou posse da usina, que deve acontecer até o final do ano, e já há uma lista de interessados em adquirir a unidade. O caso de maior destaque é da Cooperativa Pindorama - formada por produtores de cana de Alagoas. O presidente da entidade, Klécio Santos e o secretário de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, iniciaram os diálogos em Maceió, na reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, no mês passado. O encontro entre eles foi articulado pelo presidente da Unida.
SAIBA MAIS
A Usina Manoel da Costa Filho, localizada na região do Cariri cearense, foi fechada, desde 2005, devido a dívidas fiscal, bancária e trabalhista - que já acumulavam o montante de R$ 120 milhões. O Estado comprou a unidade, através do leilão realizado pela Justiça do Trabalho, no último dia 7 de junho, em Fortaleza. O lance foi dado pelo presidente da Adece, Roberto Smith. A unidade chegou a representar 4% do PIB estadual, quando em sua plena atividade.
Fonte: O Estado
Conforme revela a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) – órgão dos canavieiros que apresentou o projeto de viabilidade da usina ao Estado, antes da sua compra -, se a questão não for resolvida, o projeto de reabertura da usina de açúcar e álcool fica inviável. Para o presidente da entidade, Alexandre Andrade Lima, é de grande importância que esta área - que tem aproximadamente 160 hectares -, volte para o controle da unidade industrial. Além de ser o local onde está o reservatório de água, o terreno, por ser muito próximo da usina, também era usado para irrigação da vinhaça, que é um subproduto da produção de etanol. “Sem ela, a usina não tem como funcionar”, pontua.
O QUE DIZ O GOVERNO
O parque industrial em questão era de propriedade da Usina Manoel Costa Filho e, atualmente, está incorporado ao patrimônio da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará S/A (Adece). Segundo o diretor de Agronegócio da Adece, Reginaldo Braga, como a unidade possuía muitas dívidas – motivo que levou a usina a leilão-, os terrenos no entorno foram vendidos. “É importante salientar que os terrenos no entorno da Usina, onde existem poços que abasteciam a usina, eram de propriedade da [antiga] empresa, e que, durante seu processo de pagamento de dívidas, contraídas junto a instituições financeiras, foram colocados à venda”, explicou.
Reginaldo destaca, ainda, que o Governo, quando da aquisição, sabia do patrimônio que integrava a unidade. “O governo adquiriu uma planta industrial que estava em processo de leilão, pela Justiça do Trabalho. Por tanto tínhamos, sim, conhecimento do que estávamos adquirindo”, ressaltou. Na sua avaliação, a reserva hídrica do terreno vendido “não é determinante para seu funcionamento”, e – quanto à possibilidade de reaver o terreno -, “essa não é uma medida prioritária para essa etapa do planejamento”, acentuou o diretor. Por fim, ele finalizou dizendo que, com relação ao retorno das atividades da usina, “não existe ainda uma previsão”.
INVESTIDORES
O governo ainda nem tomou posse da usina, que deve acontecer até o final do ano, e já há uma lista de interessados em adquirir a unidade. O caso de maior destaque é da Cooperativa Pindorama - formada por produtores de cana de Alagoas. O presidente da entidade, Klécio Santos e o secretário de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, iniciaram os diálogos em Maceió, na reunião do Conselho Deliberativo da Sudene, no mês passado. O encontro entre eles foi articulado pelo presidente da Unida.
SAIBA MAIS
A Usina Manoel da Costa Filho, localizada na região do Cariri cearense, foi fechada, desde 2005, devido a dívidas fiscal, bancária e trabalhista - que já acumulavam o montante de R$ 120 milhões. O Estado comprou a unidade, através do leilão realizado pela Justiça do Trabalho, no último dia 7 de junho, em Fortaleza. O lance foi dado pelo presidente da Adece, Roberto Smith. A unidade chegou a representar 4% do PIB estadual, quando em sua plena atividade.
Fonte: O Estado
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