Máquinas do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), do Governo Federal, foram apreendidas pela Polícia
Federal de Pernambuco na tarde de segunda-feira (11) enquanto estavam
sendo utilizadas para a reforma de uma propriedade privada em Serrita,
no Sertão do estado, em um açude. O local pertencia ao filho do prefeito
do município e secretário de Planejamento, Rodrigo Cecílio, que não foi
encontrado no local do flagrante. Os detalhes foram divulgados nesta
quarta-feira (13).
Agentes da Polícia Federal chegaram ao
local através de denúncias anônimas. Foram apreendidas duas
retroescavadeiras e um caminhão caçamba, todos sem placas. Em depoimento
na delegacia de Salgueiro, também no Sertão, os operadores das máquinas
relataram que recebiam determinação tanto do secretário de Planejamento
como do secretário de Agricultura, Claudivan Araújo, para trabalhar na
obra particular desde a última sexta-feira (8).
As três máquinas apreendidas haviam sido
adquiridas através de recursos do Governo Federal para atender às
associações rurais em obras de convivência com o semiárido, perfuração
de cacimbas, poços e construção de estradas vicinais para a prefeitura
de Serrita. Ainda segundo o depoimento dos operadores, até o combustível
das retroescavadeiras e do caminhão havia sido pago pela prefeitura,
bem como os próprios operadores. Eles contaram também que o posto de
gasolina utilizado para abastecer os veículos pertencia ao suspeito.
O prefeito de Serrita, Carlos Cecílio
(PSD), e os secretários de Planejamento e Agricultura serão intimados
para prestar depoimento. “O prefeito também vai ser notificado porque
ele tinha a obrigação de estar colocando os veículos para trabalhar da
forma correta, na abertura de poços, reforma de estradas e melhorias
para a população mais carente que sofre com a seca. Não para o proveito
em seu próprio terreno”, informou o chefe de comunicação social da
Polícia Federal, Giovani Santoro. Se autuados, os suspeitos de
apropriar-se indevidamente ou desviar os recursos federais em proveito
próprio ou alheio podem ser autuados e pegar de 2 a 12 anos de prisão.
Fonte: G1
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