Dentre as reivindicações da categoria,
está a isonomia salarial dos motoristas da Polícia Militar (PM) com os
outros órgãos do Estado (valor que atualmente seria inferior em cerca de
R$ 200 reais); aumento do vale-refeição mensal pago aos agentes em 100%
(passando de R$ 150 reais para R$ 300 reais); e o aumento salarial dos
policias em 25% (agentes administrativos), 45% (agentes operacionais) e
50% (agentes da polícia especializada).
Além do incremento das remunerações, os
agentes também solicitam que equipamentos de trabalho individuais
(sprays de pimenta, coletes e outras armas não letais) sejam ofertados
pela PM e não precisem ser comprados pelo próprio policial; que as
viaturas da PM recebam manutenção (muitas estariam com pneus carecas e
sem step); e melhores condições de atendimento no Sistema de Saúde dos
Militares do Estado (Sismepe).
Em contato com o portal FolhaPE, um
agente administrativo da PM-PE (que pediu que sua identidade fosse
mantida em sigilo) organizador da ação desta sexta-feira, disse que os
policias de Pernambuco se sentem desmotivados e abandonados. “Nós
ganhamos muito pouco e somos mal preparados. O policial ganha pouco e o
Governo do Estado não está interessado em cuidar dos agentes. Para você
ter uma ideia, o Sismepe só atende uma vez por semana e, ainda assim,
nunca conseguimos ser atendidos por telefone e marcar consultas”,
contou.
Segundo essa fonte, os policiais
precisam conviver, constantemente, com o medo. “O Governo de Pernambuco
só quer o policial na rua, mas não nos dá suporte de trabalho e ajuda em
erros. Se errarmos, somos severamente punidos, mas ninguém diz que
nosso treinamento é insuficiente”, disse.
Além das reivindicações de caráter
prioritariamente trabalhistas, a PM de Pernambuco também deve solicitar
posicionamentos políticos por parte do Governo. Segundo o agente que
repassou informações ao FolhaPE, os policiais pernambucanos querem que o
sargento José Ricardo Ferreira de Lima, colocado em prisão
administrativa por cobrar remunerações salariais referentes ao ano de
2011, seja posto em liberdade. “Como uma pessoa pode solicitar um
pagamento e ser preso? Muitas vezes, nós ainda somos colocados para
trabalhar em nossos dias de folga”, relatou.
Fonte: FolhaPE
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