quinta-feira, 10 de julho de 2014

Militantes da Faixa de Gaza lançam foguetes contra Israel

Explosão é vista após ataque em Gaza nesta quarta-feira (9) (Foto: Ronen Zvulun/Reuters)


Militantes islâmicos na Faixa de Gaza lançaram três foguetes contra a cidade de Dimona, no sul de Israel, e perto de seu reator nuclear nesta quarta-feira (9), sem causar danos, segundo militares israelenses.


Um dos foguetes foi interceptado pelo sistema de defesa Iron Dome e outros dois caíram em áreas abertas no deserto de Negev, de acordo como militares de Israel.
Militantes das brigadas Qassam, do Hamas, disseram que lançaram foguetes M-75 de longo alcance. As informações são da agência Reuters.

De acordo com a agência de notícias France Presse, suspeita-se que Israel possua cerca de 200 ogivas nucleares, mas o país sempre negou as informações.

Nesta quarta, os Estados Unidos pediram que Israel e palestinos diminuam as tensões na Faixa de Gaza e expressaram preocupação pela segurança dos cidadãos dos dois lados do conflito.
O secretário de Estado americano, John Kerry, conversou como o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e pretende conversar com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, segundo a porta-voz do departamento, Jen Psaki.


As tensões aumentaram na região depois de que três adolescentes israelenses foram sequestrados e mortos perto da cidade palestina de Hebron, na Cisjordânia. Netanyahu acusou o movimento palestino islâmico Hamas pelo assassinato a "sangue frio" dos três jovens e advertiu que a organização palestina pagaria pelas mortes.
Na última quarta, o adolescente palestino Mohammed Abu Khder, de 16 anos, foi sequestrado em Jerusalém Oriental. Seu corpo queimado foi achado horas mais tarde em uma floresta a oeste de Jerusalém, em um ataque atribuído pelos palestinos aos israelenses extremistas como vingança pela morte de três adolescentes israelenses.



Ataques de Israel
Mais cedo, pelo menos cinco pessoas morreram em uma série de ataques aéreos de Israel contra a Faixa de Gaza, anunciaram fontes dos serviços de saúde, no segundo dia da ofensiva de Israel contra os territórios palestinos.
Fumaça é vista após um ataque israelense na Faixa de Gaza nesta quarta-feira (9) (Foto: Ariel Schalit/AP) Ao leste da cidade de Gaza, no centro da Faixa, quatro pessoas morreram, entre elas três crianças.

Em Beit Lahiya, no norte do território, um drone matou Rafi al-Kafarneh, de 30 anos, e outra pessoa ficou gravemente ferida, segundo al-Qudra.

Já na terça-feira (8), quando iniciaram os ataques de Israel para responder aos disparos de foguetes a partir da Faixa de Gaza, 28 pessoas morreram.

O exército atacou mais de 150 alvos nesta terça e os militantes palestinos lançaram mais de 130 foguetes, incluindo vários em Tel Aviv, a maior cidade de Israel, e em Haifa, ao norte.
A aviação israelense realizou 160 operações aéreas contra o Hamas na Faixa de Gaza durante a madrugada de terça-feira para quarta-feira, informou um porta-voz militar.

Acusações
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu nesta quarta intensificar os ataques contra o Hamas, que Israel considera um grupo terrrorista. "Decidimos intensificar os ataques contra o Hamas e as outras organizações terroristas em Gaza", declarou Netanyahu, depois que a aviação de seu país bombardeou 550 alvos como parte da operação 'Barreira de Proteção', iniciada à meia-noite de segunda-feira.

"O Hamas pagará um preço alto pelos tiros contra a população civil. A segurança dos israelenses é primordial e esta operação continuará até que os disparos contra as localidades israelenses parem e a calma volte", acrescenta o texto.
O Hamas respondeu disparando 165 foguetes, alguns deles chegando a Jerusalém, Tel Aviv e inclusive à costa de Haifa, 160 km ao norte.

O presidente palestino, Mahmud Abbas, por sua vez, acusou nesta quarta Israel de estar cometendo um genocídio em Gaza com esta operação militar.
"É um genocídio; matar famílias inteiras é um genocídio realizado por Israel contra nosso povo", afirmou Abbas em uma reunião de crise com a direção palestina na cidade de Ramallah, Cisjordânia.
Reações
A chanceler alemã, Angela Merkel, condenou "sem reservas" os disparos de foguetes contra Israel durante uma conversa por telefone com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, indicou um porta-voz do governo alemão. "A chanceler telefonou hoje para Netanyahu e condenou sem reservas os disparos de foguetes contra Israel", declarou a mesma fonte.
O arcebispo sul-africano e prêmio Nobel da Paz, Desmond Tutu, acusou os dirigentes israelenses e palestinos de se comportarem "como crianças", ao trocarem acusações sobre a responsabilidade pelo novo conflito entre os dois.
"Mais uma vez, os povos de Israel e da Palestina estão envolvidos em um combate mortal, em que cada golpe leva a outro e no qual não pode haver vencedor, apenas perdedores", afirmou o religioso anglicano em um comunicado.

Via G1

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