Democracia: poder do povo, ou de poucos?
É de conhecimento de todos que o Brasil adota a democracia
como sistema político-eleitoral desde a redemocratização do país em 1985. As
eleições caracterizadas como populares exigem a participação da população nas
urnas, - ou melhor, obriga o cidadão a comparecer à votação. Tudo isso para
fazer jus a definição de democracia, que em outras palavras significa; Poder
que emana do povo, para o povo.
Diante disso, fica a indagação. O poder que emana do povo é
de fato voltado aos interesses da coletividade? Tenho a impressão de que você respondeu, pelo menos, semelhante
a mim. O que acompanhamos hoje no cenário político do Brasil é justamente o
contrário de tudo isso. O cidadão é praticamente autuado pelos políticos, que compram
o voto dos eleitores visando o posto desejado. Não obstante, ao alcançarem o
cargo em evidência priorizam os interesses particulares em detrimento do que é
esperado pela população. A partir disso, prossegue a perpetuação de algo que já
está arraigado na nossa política, a corrupção.
Acompanhamos hoje no nosso país a ruptura, quase que total,
de política com moral e ética. A população não os percebem mais como algo
associável. Principalmente, por política estar associada com poder e
enriquecimento súbito.
O principal reflexo da corrupção está no enfraquecimento das
instituições, que muitas vezes são feridas irreversivelmente. Os maus elementos
aliciam corporações importantes e transformam empresas triunfais em cartéis
organizados. O Cartel das empreiteiras na Petrobrás é apenas um exemplo
“claro”, de muitos ainda “escuros”.
A conjuntura atual do Brasil nos permite inferir que o poder
é arrebatado das mãos do povo e direcionado para a conta bancária de sujeitos
inescrupulosos capazes de chegar ao extremo para conseguirem o almejado, o tão
ambicionado “poder”. Tangendo assim, a sua própria dignidade, ferindo o
conceito de democracia e deturpando a manifestação democrática do povo
brasileiro.
Autor: Luciano Cesário
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