terça-feira, 20 de outubro de 2015

Cunha volta a afirmar que não vai renunciar à presidência da Câmara

Sobre o processo contra o presidente da Câmara no Conselho de Ética, Eduardo Cunha disse, mais uma vez, que não pretende renunciar, apesar de estar cada vez mais isolado.
O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, escolheu as palavras ao falar sobre a situação do presidente da Câmara.
“Essa questão não é uma questão de governo. O que a gente quer fundamentalmente com o presidente da Casa é que ajude a esta pauta da economia andar”, afirmou.
O deputado Eduardo Cunha disse que o que cabe a ele foi feito.
“Todas as medidas do governo foram votadas aqui até com muita celeridade. Se o governo mais não conseguiu foi porque o governo não tem uma base sólida. O presidente é apenas o coordenador dos trabalhos e o pautador”, disse.
Cunha já não tem o mesmo apoio para se manter no cargo, mas ainda se vê forte porque não há um movimento amplo, público, que pressione pela saída dele.
Os únicos partidos que pedem a renúncia são PSOL e Rede. Nesta segunda-feira (19), o PSOL anunciou que vai reforçar o pedido de cassação do mandato usando, por exemplo, as cópias dos documentos de Cunha para abrir as contas na Suíça.
“Ele não reúne mais condições políticas e morais para conduzir qualquer sessão da Câmara dos Deputados”, disse Ivan Valente (PSOL-SP).
Mas Eduardo Cunha está disposto a brigar para se manter no poder.
“É importante deixar claro o seguinte: eu fui eleito para a Casa. Aqui só cabe uma maneira de eu sair: é renunciar e eu não vou renunciar. Aqueles que desejam por ventura a minha saída vão ter que esperar o fim do mandato para escolher outro”, afirmou Cunha.
Em meio a acusações sobre quem estaria fazendo acordo com ele, governistas e oposicionistas trocaram críticas.
“É um ambiente constrangedor para a oposição, eles atuaram conjuntamente na questão do impeachment e em outros temas, e agora a oposição eu acho que não sabe como se livrar dessa carga pesada que virou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha”, disse o senador Jorge Vianna (PT-AC).
“Em hipótese alguma há constrangimento. Na verdade, o que ocorreu na Câmara dos Deputados foi a adoção de uma estratégia por parlamentares. Oposição é mais abrangente. Falar em apoio da oposição não é ser correto na afirmação”, rebateu o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

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