Nesta sexta-feira (29) de promoções do
comércio, as queixas de consumidores bateram recordes. A chamada Black
Friday, que copia uma prática dos comerciantes dos Estados Unidos,
frustrou e irritou muitos brasileiros.
Ainda de madrugada a cena se repetia em
diversas cidades brasileiras. Milhares de pessoas em filas enormes,
esperando para levar o sonho de consumo por um preço mais camarada.
Nas primeiras 12 horas de promoção, só
as vendas na internet já somavam a R$ 174 milhões. Mas a sexta-feira
acabou ficando marcada pelo grande número de reclamações. Em um site que
centraliza a insatisfação dos clientes, os maiores problemas
registrados foram de consumidores que não conseguiram comprar os
produtos anunciados. Ou então que nem conseguiram entrar na página das
lojas.
Além de sites congestionados, havia
filas virtuais para atendimento. Bruno começou a tentar comprar uma
bicicleta à meia-noite. E seguiu tentando durante o dia todo. “Não
consegui comprar”, conta.
Até as 18h já eram 5,6 mil reclamações
via site. Insatisfação também com empresas que subiram os preços nos
últimos dias para oferecer descontos falsos nesta sexta, com descontos
bem abaixo do esperado. Foi por esse motivo que Eduardo foi para casa
sem o celular que ele estava namorando há dois meses. “Ele não abaixou
tanto. Para mim não está valendo a pena”, diz.
Para o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico, as ofertas não têm como agradar a todas as expectativas.
“É importante notar que o Black Friday
oferece descontos em alguns produtos, em algumas categorias. O
consumidor tem que entender que não é para a toda loja, para todas as
categorias”, explica Pedro Guasti, diretor geral e-bit.
Os organizadores da Black Friday no Brasil divulgaram que a média de desconto ficou em 20%.
“No Brasil ainda não existe o milagre do
grande desconto. Vai ficar manchado, arranhado a Black Friday desse ano
de 2013, não, mas não foi um grande negocio pra o consumidor”, destaca
Maurício Vargas, pres. do site do Reclame Aqui.
Fonte: Jornal Nacional
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