A presidente Dilma Rousseff se reúne
neste sábado, 30, na Granja do Torto com as cúpulas do PT e do PMDB para
discutir a formação de palanques nos Estados. O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva participa do encontro. Dilma chegou ao local da
reunião pouco antes das 10 horas, vindo de helicóptero.
A previsão é de que participem do
encontro com representantes do PT, além de Dilma e Lula, o presidente do
partido, Rui Falcão, e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante,
cotado para ser coordenador da campanha de Dilma à reeleição. Pelo PMDB,
os representantes são o vice-presidente Michel Temer, o presidente
interino do partido, Valdir Raupp, e os presidentes do Senado, Renan
Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo Alves.
Os principais impasses entre os dois
partidos ocorrem no Ceará e no Rio de Janeiro. Líder do PMDB do Senado,
Eunício Oliveira disputará o governo cearense e cobra o apoio do PT, que
aliena o seu futuro à decisão do atual governador, Cid Gomes (PROS), e
seu irmão Ciro Gomes (PROS). No Rio de Janeiro, o PT está prestes a
romper a aliança com Sérgio Cabral (PMDB) e lançar Lindbergh Farias ao
governo. O PMDB quer segurar os petistas na aliança e terá o vice Luiz
Fernando Pezão como candidato.
Há problemas também na Paraíba, onde o
senador Vital do Rêgo Filho (PMDB), cotado para o Ministério da
Integração Nacional, quer apoio petista para seu irmão, Veneziano, mas o
PP deseja ter o partido no palanque de Aguinaldo Ribeiro, ministro das
Cidades.
Em alguns Estados está consolidada a
formação de palanques independentes. Em São Paulo, o PMDB terá Paulo
Skaf, enquanto o PT apostará no ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Na
Bahia, o governador petista Jaques Wagner lançou o secretário Rui Costa
a sua sucessão, mas o PMDB terá o vice-presidente da Caixa Geddel
Vieira Lima como candidato. No Rio Grande do Sul, também é definitiva a
situação de que os dois partidos estarão em campos opostos.
Depois da reunião com o PMDB, a cúpula
petista receberá nesta tarde líderes do PP para discutir o mesmo tema.
Além do problema na Paraíba, há dificuldades na aliança em Minas Gerais e
no Rio de Janeiro.
Fonte: Agência Estado
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