Júlia Rebeca foi encontrada morta dentro
do quarto, enrolada no fio da própria chapinha no último dia 10 de
novembro, domingo passado. A data foi postada em uma mensagem através do
Instagram e do Twitter da jovem, que dizia:
“Eu te amo, desculpa eu n ser a filha
perfeita mas eu tentei… desculpa eu te amo muito mãezinha (…) Guarda
esse dia 10.11.13 [sic]“.
O caso levantou polêmica, justamente
pelo dano que as redes sociais vem causando aos jovens, que não
aprenderam ainda a lidar com a ferramenta e acabam caindo em armadilhas.
É cada vez mais comum notícias sobre o vazamento de vídeos íntimos, que
mudam a vida dos protagonistas por completo, e alguns acabam chegando
ao extremo, como o caso da adolescente de Parnaíba.
Outras mensagens deixadas no Twitter da
jovem, também chocaram os familiares, como as frases “É daqui a pouco
que tudo acaba.” e logo após “E tô com medo mas acho que é tchau pra
sempre”. No perfil de Julia, um primo postou mensagens horas depois da
morte da estudante, e pediu que os comentários maldosos a respeito do
vídeo fossem evitados, e agradeceu pelo apoio dos amigos. A conta de
Instagram da jovem foi removido pelo primo.
Especialista em problemas de família,
Antonio Noronha afirma que a morte da jovem serve de alerta
principalmente para os pais. “É importante que os pais estejam próximos
dos filhos, saber das amizades, o que estão fazendo. Ter todo um
acompanhamento. Não precisa entrar na intimidade, não tanto, mas ter um
mínimo de conhecimento. O próprio adolescente vai entender que o que
você, pai ou mãe, está fazendo, é por amor”, comentou.
Ele ressaltou ainda sobre o risco de se
produzir vídeos com conteúdo íntimo, e afirmou que o principal ponto
para os pais é a existência de diálogo entre os filhos, que pode ajudar a
evitar o pior.
Fonte: Jornal Pequeno
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