O mundo ficará, a longo prazo, 3,6 graus
Celsius (ºC) mais quente se os governos simplesmente mantiverem os seus
objetivos atuais alertou, nesta terça-feira (12), a Agência
Internacional de Energia (AIE). Os representantes da agência participam
em Varsóvia (Polônia) das discussões sobre as alterações climáticas.
No cenário estabelecido pela AIE para os
países desenvolvidos, as emissões de gases que provocam o efeito estufa
relacionados com a energia, que representam cerca de dois terços do
total das emissões, sofrerão um aumento de 20% até 2035, mesmo com os
esforços já anunciados pelos países comprometidos com as preocupações
ambientais.
Este cenário “leva em conta o impacto
das medidas anunciadas pelos governos para melhorar a eficiência
energética, o apoio às energias renováveis, a redução dos subsídios aos
combustíveis fósseis e, em alguns casos, a colocação de um preço nas
emissões de gás carbônico”, disse a AIE no relatório anual de
referência, apresentado nesta terça-feira em Londres.
No entanto, o aumento de 20% nas
emissões de energia – principalmente as geradas pelo carvão e pelo
petróleo e, em menor grau, do gás – dentro de 20 anos “deixa o mundo a
caminho de temperaturas médias globais de 3,6°C, bem acima da meta de
2ºC definida internacionalmente”, informou a AIE.
Observando o papel fundamental do
componente energético no sucesso ou no fracasso da política climática
internacional, o departamento de energia da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apoiou as iniciativas
recentes, entre as quais o plano de ação apresentado pelo presidente
americano Barack Obama; o anúncio de Pequim relativo a uma limitação de
carvão; e o debate europeu sobre metas climáticas para 2030, salientando
que “todas têm o potencial de limitar o crescimento das emissões de gás
carbônico”.
Fonte: Agência LUSA
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