Um paciente foi assassinado a tiros dentro do Hospital Geral
Clériston Andrade (HGCA), na noite de sábado (12), em Feira de Santana, cidade
a cerca de 100 km de Salvador.
O crime ocorreu na clínica cirúrgica do HGCA, onde estavam
mais de 20 pessoas, entre pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde. O
paciente se recuperava de uma tentativa de homicídio ocorrida no mesmo dia,
quando foi atingido por dez tiros.
O homem de 32 anos estava acompanhado da mãe no momento do
crime. Há suspeitas de que ele tinha envolvimento com drogas, e que o crime
teria sido praticado por alguma desavença. Ninguém foi preso.
De acordo com o major Ribeiro, comandante da 67ª Companhia
Independente de Polícia Militar (CIPM), os suspeitos tiveram acesso ao hospital
por um portão lateral que estava aberto, e cometeram o crime.
O hospital ainda não sabe como os dois homens entraram na
unidade, o que só vai ser possível depois da análise das imagens das câmeras de
segurança. Segundo o major, em casos de pacientes presos, por exemplo, é
requisitado o apoio e o acompanhamento da Polícia Militar, o que não foi o
caso.
O diretor do hospital, José Carlos Pitangueira, disse que o
homem assassinado não estava com escolta policial porque deu entrada como
paciente comum. Ainda segundo o diretor, outros quatro pacientes internados na
unidade estão jurados de morte. Só um deles está algemado a mando da polícia.
Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado
da Bahia (Cremeb) informou que a "situação denuncia de forma brutal a
falta de segurança nas unidades de saúde". A entidade ressalta a
insatisfação dos profissionais que atuam no Clériston Andrade sobre a falta de
estrutura e condições de trabalho às quais são submetidos.
"O Conselho espera que diante os fatos o governo posso colocar em prática medidas que visem conter a violência e garantir a segurança nas Unidades de Urgência e Emergência de Salvador", diz a nota.
Via Blog Araripina em Foco
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