Após enorme repercussão em torno dos
resultados divulgados no dia 27 pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) – no qual 65% das pessoas entrevistadas afirmavam que
“mulheres com roupas curtas merecem ser estupradas” –, o instituto
divulgou nesta sexta-feira que houve um erro na pesquisa: 26% das
pessoas concordavam com a afirmação e 70% discordavam total ou
parcialmente da frase. A gafe foi tão impactante que o diretor
responsável pela área de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Rafael
Guerreiro Osório, pediu exoneração do cargo.
A nota do Ipea diz: “Relatamos
equivocadamente, na semana passada, resultados extremos para a
concordância com a segunda frase, que, justamente por seu valor
inesperado, recebeu maior destaque nos meios de comunicação e motivou
amplas manifestações e debates na sociedade ao longo dos últimos dias.
Contudo, os demais resultados se mantêm, como a concordância de 58,5%
dos entrevistados com a ideia de que se as mulheres soubessem como se
comportar, haveria menos estupros.”
Nas últimas semanas, o dado de 65% causou alvoroço nas redes sociais e motivou uma série de protestos no Brasil inteiro, como o realizado hoje em Porto Alegre.
Até a presidente Dilma Rousseff entrou na campanha “Eu não mereço ser
estuprada” e divulgou em seu twitter frases de apoio à jornalista Nana
Queiroz, mentora da ideia seguida por milhares de mulheres em todo o
país, que postaram imagens com fotografias segurando cartazes com os
dizeres.
Outros resultados tiveram que ser corrigidos
Outros resultados foram invertidos e corrigidos hoje pelo Ipea. “São frases com sentido mais próximo, com percentuais de concordância mais semelhantes e que não geraram tanta surpresa, nem tiveram a mesma repercussão. Desfeita a troca, os resultados corretos são os que seguem: Apresentados à frase O que acontece com o casal em casa não interessa aos outros, 13,1% dos entrevistados discordaram totalmente, 5,9% discordaram parcialmente, 1,9% ficou neutro (não concordou nem discordou), 31,5% concordaram parcialmente e 47,2% concordaram totalmente. Diante da sentença Em briga de marido e mulher, não se mete a colher, 11,1% discordaram totalmente, 5,3% discordaram parcialmente, 1,4% ficaram neutros, 23,5% concordaram parcialmente e 58,4% concordaram totalmente”, consta na errata divulgada no site oficial do instituto.
Outros resultados foram invertidos e corrigidos hoje pelo Ipea. “São frases com sentido mais próximo, com percentuais de concordância mais semelhantes e que não geraram tanta surpresa, nem tiveram a mesma repercussão. Desfeita a troca, os resultados corretos são os que seguem: Apresentados à frase O que acontece com o casal em casa não interessa aos outros, 13,1% dos entrevistados discordaram totalmente, 5,9% discordaram parcialmente, 1,9% ficou neutro (não concordou nem discordou), 31,5% concordaram parcialmente e 47,2% concordaram totalmente. Diante da sentença Em briga de marido e mulher, não se mete a colher, 11,1% discordaram totalmente, 5,3% discordaram parcialmente, 1,4% ficaram neutros, 23,5% concordaram parcialmente e 58,4% concordaram totalmente”, consta na errata divulgada no site oficial do instituto.
Conforme o Ipea, ainda, “as conclusões
gerais da pesquisa continuam válidas, ensejando o aprofundamento das
reflexões e debates da sociedade sobre seus preconceitos. Pedimos
desculpas novamente pelos transtornos causados e registramos nossa
solidariedade a todos os que se sensibilizaram contra a violência e o
preconceito e em defesa da liberdade e da segurança das mulheres”.
Fonte: Terra
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