segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Homenagem ao músico instrumentista jardinense Zé Menezes

Hoje (31/07/2014) Jardim – CE lamenta a partida de um de seus filhos que honrou seu DEUS, seu solo de nascença, sua família, seus amigos, seu país! Morreu distante de sua terra natal (em Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro). Seu nome completo José Menezes de França, o popular: Zé Menezes. Músico e cidadão brasileiro. Nasceu em nossa cidade, no ano de 1921 e seu interesse pela música se deu ainda na sua tenra infância. Quando tinha 9 anos de idade, ganhou o apelido carinhoso de Zé do Cavaquinho. Aos 8 anos de idade, a convite do Maestro Arlindo Cruz, tocou profissionalmente no cinema de Juazeiro do Norte, levando som e alegria a todos que ali apareciam. Quando completou 11 anos integrou a Banda Municipal de Música de Juazeiro, fazendo inúmeros amigos e compartilhando seus conhecimentos e sua simpatia. Com 22 anos, esse jardinense deixou o nosso estado e foi ao Rio de janeiro aperfeiçoar ainda mais a sua nobre carreira, com o apoio do amigo e radialista César Ladeira. César foi um dos que apresentou o seu talento por meio das ondas sonoras do rádio. Depois de 4 anos no Rio, passou a fazer parte do time da Rádio Nacional, um conceituadíssimo veículo de comunicação. Sua primeira canção gravada, o samba “Nova Ilusão” com o parceiro Luiz Bittecourt, gravada pelo grupo “Os Cariocas” agradou aos ouvidos que identificam e gostam da boa música. 

Outras músicas e chorinhos foram compostas e gravadas por essa dupla, que usavam a linguagem musical e as partituras para acalentar suas conversas. No ano 2000, com 80 anos, ele elaborou e lançou seu projeto: Acervo digitalizado de CDs incluindo canções, partituras e composições. Fez arranjos para músicos consagrados e para a Rede Globo. Tocou ao lado de Roberto Carlos e outras figuras do cenário musical brasileiro. Foi autor das trilhas sonoras e vinhetas: “Os trapalhões, Chico City, Viva o Gordo”, dentre outras, que deram vida aos seus personagens a ajudaram a todos e a própria Rede Globo a se projetaram no mundo dos sons, cores e imagens. Foi diretor musical dessa emissora e por ela não foi homenageado como de fato merecia.
A música vivia e sempre viverá dentro do coração do Zé! Foi um músico arranjador e instrumentista como poucos. Respeitador, humilde e de convicções nobres. Sempre acreditou que a música era uma arte e como tal deveria ser vivida e exercida com amor e sensibilidade. A boa música toca os afetos de nossa alma, e a combinação dos sons podem causar as mais belas emoções. A música está presente em todos os lugares, o vento, a chuva, o fogo, os seres vivos e até mesmo o silêncio produzem os seus sons. A música traz alegrias, riqueza e encantos aos nossos corações. Por meio dela nos tornamos fortes e sábios, pois ela pode manifestar a mensagem de amor, esperança, espiritualidade, superação, amizades e sucessos! Zé Menezes sempre falou em seus breves comentários que “a boa música brasileira está sendo esquecida”. A música é uma expressão artística espiritual e por isso desperta sensações variadas como tristeza, alegria, ternura, esperança. Nos faz viajar no tempo e espaço, nos remete as lembranças do passado e os sentimentos mais profundos de nossa alma são ativados. E era isso que o Zé procurar informar por meio da combinação harmoniosa de seus sons. Zé Menezes elogiava e apoiava os jovens talentos que defendiam a música de qualidade. A musicalidade cerca nossas vidas e as notas musicais se unem para promover harmonia, melodia e ritmos que acendam as boas chamas dos nossos corações. Os jovens precisam valorizar e produzir a boa música que expressa à arte e a beleza de das coisas que encontramos nesse lindo Planeta. Pedia sempre a DEUS para ajudar e não deixar morrer a boa música brasileira. Zé, já percebia que nossos ouvidos estão sendo agredidos com “músicas” desafinadas que propagam a violência, a banalidade, a vaidade, a desvalorização dos bons costumes, a libertinagem e a decadência da humanidade. Às vezes somos interpretados como radicais por defender certos temas nos quais acreditamos. Mas, como alguém disse um dia: “é melhor errar pela ação, do quê pela omissão”. A música torna o mundo mais agradável. Realmente um mundo sem músicas seria um mundo vazio e sem encantos. Os diversos estilos musicais nos possibilita uma ampla e variada opção para o nosso deleite, fortalecimento e inspiração! Meu abraço e reconhecimento a todos os artistas de Jardim, Cedro – PE, e de todo esse imenso Brasil. Os trabalhadores da educação e o pessoal das empresas sabem que a música é um excelente recurso pedagógico! E está comprovado que as canções de boa qualidade despertam nas crianças, jovens, pessoas de todas as idades o gosto pela arte, pelo amor, pelo bom desenvolvimento e sensibilidade do ser humano. Meus sinceros elogios e parabéns para todos que criaram as obras-primas musicais que são capazes de penetrar o interior das almas produzindo riquezas espirituais. Essa é minha humilde homenagem a Zé Menezes em nome de seus parentes, amigos e a todos que admiram os verdadeiros talentos. Em nome daqueles que foram seus vizinhos, companheiros de trabalho e conterrâneos. Aqui vai também os meus mais sinceros sentimentos a todos os seus familiares. Que seu nome e sua tão bela e exemplar história seja compartilhada por todos!
Um grande abraço a todos e até o próximo encontro! Quem tem DEUS, quem tem Amigos, tem tudo!!! Josival Nogueira da Costa – Valdim Nogueira Jardim, sábado, 02 de agosto de 2014. Facebook: valdimnogueirawhs@live.com Acompanhe o meu programa de Rádio, aos domingos, às 16: 00 hs, pelo site: www.culturafm.net.br

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