Estamos estreando essa semana o novo quadro semanal do
Diário Cedrense. É o ARTIGO SEMANAL, uma coluna opinativa sobre os temas que
estão sendo noticiados em Cedro e em todo o Brasil.
Confira abaixo o primeiro artigo!
A crise como desculpa esfarrapada
Hoje decidi pegar o bonde dos
principais políticos e administradores do Brasil “aqui no artigo semanal”. Isso
por que eu vou me apossar de uma palavra “mágica” para desenvolver meu
raciocínio; crise, palavra que predomina nos principais órgãos governamentais e
que serve de desculpa esfarrapada para políticos inidôneos que não conseguem
controlar turbulências econômicas frente à máquina pública.
O aumento na taxa de desemprego,
a elevação no índice de inflação e alta cotação do Dólar, indubitavelmente
geram fortes consequências econômicas para o país. O que afeta diretamente a
sua vida, isso é crise. Porém, antes disso, o Brasil vive mesmo é uma crise
ética e o que preocupa é que à frente dela estão aqueles que prioritariamente
deveriam adotar postura impoluta diante gerência pública. Nós vivemos em um
país de políticos descompromissados com o bem público. Os números não negam,
por ano são ajuizados aproximadamente 86.418
processos de corrupção. O preço disso? 69 bilhões de reais por ano, de acordo
com estudo realizado pela Fiesp.
O
recente, ou ainda atual, esquema de corrupção na Petrobras é mais uma clara
demonstração de que a política brasileira está em estado de vegetação, os
princípios de moral e ética são deixados em segundo plano e esses dão lugar a
incompetência e a má fé.
A
crise política decorre de uma crise ética e essas servem como agravantes para
uma crise econômica, quanta crise não? Isso demonstra o quão difícil é
supera-las. Enquanto isso não acontece, com certeza, você irá se deparar com
algum político dizendo, tá ruim? É culpa da crise. Esse tipo de pretexto em
nada contribui para amenizar a situação, é demandado do gestor nesse caso a
arte de gerir com instabilidades, estando preparado para enfrentar percalços.
Só se
vence uma crise econômica quando se é capaz de vencer a crise interna e
existencial, para tanto nós não temos grandes exemplos de políticos idôneos.
A conjuntura denominada de
“crise” mostra para todos que não precisamos somente de políticos que
transpareçam a imagem de líderes públicos, mas também de administradores
capazes de gerir de forma correta, prontos para enfrentarem adversidades. E
para suplantar a “temida palavra crise” seria bom se os políticos retirassem a
letra “s” se tornando crie. É essa a palavra, criar possibilidades, desenvolver
diretrizes,traçar planos e metas. Do contrário,a palavra crise ainda vai ser
muito usada, principalmente para camuflar a incompetência de péssimos gestores.
Autor: Luciano Cesário
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