terça-feira, 19 de novembro de 2013

A vida angustiada do borracheiro Henrique, por falta de uma cirurgia

Por Machado Freire
100_7306Os dias e as noites do borracheiro Henrique Edmar de Souza, de 45 anos de idade, têm sido mais longos e mais sofridos nos últimos dois anos.
Tudo porque seu peso duplicou – hoje passa dos 178 quilos – e ele ainda não conseguiu uma vaga para uma cirurgia de redução de estômago. Na comunidade onde mora, no bairro da Bomba (Salgueiro), as pessoas conhecem o drama daquele que era louco por futebol e participava juntamente com amigos (que o conhecem desde menino), da pelada todos os sábados até chegar aos 100 quilos.
“Foi muito bom, mas hoje não consigo andar mais de 10 metros”, lamenta o doente da chamada obesidade mórbida que o atormenta há quase dez anos.
Os problemas enfrentados por Henrique e sua mulher Eliane são dignos de uma melhor avaliação. Depois que ele não teve mais nenhuma condição de continuar trabalhando, e sem uma fonte de renda, teve que recorrer ao Governo Federal, mas não foi atendido. “Tivemos que entrar na justiça para obter o beneficio de um salário mínimo, sem direito a décimo terceiro, férias e condições de fazer empréstimo”, revela Eliane ao comentar que o marido terá que ser avaliado por uma junta médica a cada dois anos para continuar recebendo o benefício.
Henrique diz que o volume de remédio é grande, mas se não fossem eles já teria morrido. “A minha pressão arterial oscila muito e mesmo evitando sal na comida já fui socorrido várias vezes, com internação de até dois dias”, revela o borracheiro que não consegue “policiar” seu apetite voraz.
“Saio para fazer ‘bicos’ e ele exagera comendo até oito pães de uma vez”, acrescenta Eliane preocupada com a obesidade do marido que já chegou a quebrar três camas e o seu ressonar é tão alto que incomoda os vizinhos.
Henrique está com problemas nos pés e no tecido da barriga, uma preocupação a mais para Eliane que é mulher, enfermeira, assistente social e tudo mais que pode fazer pelo marido.
“Eu tenho 1,59 cm de altura, fazia academia, jogava bola e tudo o que quero é a redução do estômago, que está demorando demais”, diz o borracheiro cheio de esperança de um dia voltar a ter uma vida normal, sem tomar tanto remédio dependendo, claro, de informações seguras sobre o dia em que será submetido a cirurgia bancada pelo poder público. O pedido foi feito junto à Secretaria de Saúde do Estado, através de sua representação no município.
A angústia de Henrique aumenta por se tratar de uma pessoa que embora só tenha cursado a quinta série é bem informado sobre todos os problemas da política do seu município, do Brasil e do Mundo.
Via Blog Alvinha Patriota

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