
Depois da cena final de decapitação dos cangaceiros, em destaque para Maria Bonita e Virgolino Ferreira, o Lampião, pela volante alagoana comandada pelo tenente João Bezerra, e ainda sob os aplausos do público, surge o famigerado Lampião cercado de nuvens em um rochedo, de braços abertos, como numa alusão à ressurreição de Cristo. O público ficou espantado e as reações foram divergentes. Alguns gostaram entenderam a mensagem que o autor tentou passar, outros não, mas o escritor o resultado foi agradável.
“Sabíamos que a cena final poderia gerar alguma polêmica, mas, de certa forma era isso mesmo que queríamos, afinal um mito… uma lenda se constrói a partir do imaginário popular e, no imaginário popular, desde que foi anunciado a morte de Virgolino, que cantadores e cordelistas nas feiras de todo nordeste anunciavam ao contrário, a prova é que até hoje se discute se Lampião morreu mesmo ou não naquele episódio. Sendo assim nos apropriamos do imaginário popular e apresentamos as duas versões, uma termina com o Massacre de Angicos, quando são decapitados ele (Lampião) e Maria Bonita e a outra, aquilo que o transformou em lenda: Lampião vivo, deixando para os sertanejos uma mensagem de esperança e de luta… a luta que se traduz hoje em melhoria de vida para todo nordeste”, explicou Anildomá.
Atualmente o espetáculo “O Massacre do Angico” fez parte do calendário turístico de Serra Talhada e de Pernambuco, sendo o maior espetáculo ao ar livre sobre o cangaço do Brasil. A peça fica em cartaz até o próximo domingo (27) com apresentações na antiga Estação Ferroviária da cidade.
Da redação do Blog Alvinho Patriota
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